Fazer portabilidade de crédito vale a pena?

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Ana Clara Macedo
Content Manager at Betterfly

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Existem muitos motivos que podem encorajar uma pessoa a solicitar a portabilidade de crédito.A questão é: vale a pena solicitá-la e levar a sua dívida, feita com uma instituição financeira, para outra?No geral, pode ser uma boa maneira de trocar o atual endividamento — que tenha multas e juros elevadíssimos, por exemplo — por um débito com taxas mais atrativas. E isso pode se converter em menos gastos para você, em longo prazo.O planejamento é mais do que fundamental para considerar o impacto positivo que a portabilidade de crédito pode trazer para a sua rotina. Por isso, neste post vamos falar sobre tudo o que você precisa saber a respeito do assunto. Confira, logo a seguir!

O que é a portabilidade de crédito?

De maneira resumida, a portabilidade de crédito é a flexibilidade que as pessoas encontraram para levar as condições do seu empréstimo realizado com uma instituição, para outra empresa.Uma simples transferência de credores, portanto, mas que pode trazer benefícios se o novo local tiver condições melhores de pagamento. Inclusive, a portabilidade de crédito é um direito do consumidor. Por mais que a atual instituição com a qual você tem um débito tente convencer do contrário, você pode solicitar a mudança a qualquer momento. Não à toa, muitos brasileiros se endividam e veem essa pendência aumentar gradativamente porque não têm essa informação bem esclarecida.Trocar uma dívida por outra, só que mais barata, é uma boa maneira de planejar-se financeiramente. Afinal, você pode obter um novo negócio com taxas de juros menores ou mesmo com melhores condições de pagamento do atual empréstimo.

Quando foi criada?

A portabilidade de crédito foi criada em 2013 e é de autoria do Banco Central. A ideia básica era fazer com que as instituições financeiras tivessem mais competitividade, no mercado, o que também se converte em propostas vantajosas para o consumidor.

Como funciona a portabilidade de crédito?

Quem tiver interesse nesse serviço deve entrar em contato com a instituição financeira com a qual possui a dívida em aberto e solicitar o extrato do saldo ainda pendente. O prazo para o cálculo desse valor é de um dia útil — caso não seja respeitado, você pode reclamar junto à Ouvidoria da instituição ou do É importante que conste nesse documento alguns dados:

  • o número do contrato;
  • a quantia devedora atualizada;
  • o demonstrativo do saldo devedor em sua evolução;
  • a modalidade de crédito concedida;
  • a atual taxa de juros anual — tanto a nominal quanto a efetiva;
  • o valor de cada parcela do crédito;
  • o prazo total do acordo e também o remanescente.

Em seguida, você leva essas informações para o local onde pretende solicitar a portabilidade de crédito de acordo com os seus interesses. Caso ocorra a aprovação do crédito, o pagamento da dívida é realizado pela nova instituição e assume as condições do novo empréstimo.

Quando é permitido solicitar a portabilidade de crédito?

Pessoas físicas podem solicitar a portabilidade de crédito de acordo com algumas linhas de crédito específicas, como:

  • cheque especial;
  • cartão de crédito;
  • crédito imobiliário;
  • crédito pessoal;
  • crédito consignado;
  • financiamento de veículo.

Inclusive, o cheque especial tem uma das taxas mais elevadas do mercado financeiro. Para saber mais a respeito disso e aprender como evitá-lo, veja o nosso post completo sobre o assunto!Bom destacar, também, que a portabilidade de crédito só pode ser exigida pelo consumidor se ao menos uma parcela do contrato tenha sido quitada. A média varia entre instituições financeiras, mas gira em torno de 15% e 20% do total de parcelas do contrato firmado.Outro ponto de atenção: geralmente, transferência da dívida é gratuita — com exceções a algumas linhas de crédito, como a imobiliária —, mas é sempre importante verificar se existe a cobrança de tarifas, como o cadastro do novo empréstimo. Tenha tudo devidamente esclarecido para não ter surpresas desagradáveis.

Quais são as vantagens em realizar a portabilidade de crédito?

A maior vantagem já foi esclarecida: com a portabilidade de crédito, você pode substituir os juros elevados por um empréstimo que tenha taxas mais atrativas — reduzindo, assim, o valor final do crédito solicitado.Mas, justamente por ser um direito do consumidor, o serviço pode ser requisitado por outros motivos. Digamos, por exemplo, que o atendimento da atual instituição seja rude ou mesmo difícil de lidar.Existem, contudo, mais benefícios nessa prática. E um deles é a facilidade com a qual você pode transferir a dívida para outro banco, por exemplo, sem ter que abrir uma conta bancária na nova instituição. Algo que agrega ainda mais flexibilidade para o consumidor.

Quando não vale a pena solicitar a portabilidade?

Embora seja um processo relativamente rápido simples e (em torno de 20 dias úteis) para ser concluído, nem sempre a portabilidade é recomendada ao consumidor. Algumas situações em que isso ocorre:

  • quando o contrato está próximo do fim. Às vezes, a própria negociação da dívida com a atual instituição pode ser mais em conta;
  • quando as taxas praticadas entre as instituições são, basicamente, as mesmas, não influenciando na mudança de valores com a transferência da dívida.

Por isso, basta ficar de olho nas condições que cada estabelecimento oferece para garantir que a portabilidade de crédito vai ser uma solução verdadeiramente atrativa para você.

Como se organizar financeiramente?

Então, você encontrou uma instituição cujas condições de pagamento são mais atrativas e solicitou a portabilidade de crédito. Ótima notícia!No entanto, é necessário elaborar ou ajustar o seu planejamento financeiro para garantir que você não enfrente um novo período de inadimplências e acúmulo de dívidas com base em seu novo contrato.É aí que entram as dicas que vamos listar a seguir, garantindo que você abandone a situação financeira caótica e abrace uma rotina mais controlada e segura economicamente.

Calcule o valor total de suas contas

Sente-se com as contas do dia a dia e extratos bancários dos últimos meses. Calcule quanto você gasta mensalmente, em média, e saiba antecipadamente quais são as suas despesas fixas (como condomínio/aluguel, água e luz etc.) e as variáveis (como transporte/combustível e lazer, entre outras).Aqui, é importante selecionar também qualquer parcelamento ou dívida em aberto que você tenha. Inclua-as nas despesas para que você discipline-se a honrar o pagamento delas à risca.Em seguida, analise a sua renda mensal. Os gastos são compatíveis com os ganhos? Em caso negativo, é hora de entender onde o consumo pode — e deve — ser controlado para que você não termine mais nem um mês no vermelho.É um trabalho mais burocrático e lento, mas de grande relevância para garantir um alívio nas contas.

Negocie as dívidas

Já sugerimos essa dica, anteriormente, mas vale reforçá-la para outras situações também. Caso você tenha outras dívidas, experimente renegociá-las. Isso pode agregar condições vantajosas, como extensão de prazo ou mesmo uma taxa mais agradável de acordo com a sua realidade financeira.Na pior das hipóteses, a instituição vai recusar o seu pedido. Na melhor delas, a solicitação é aceita. Em geral, o meio-termo abre uma negociação na qual você deve saber, antecipadamente, o quanto pode e pretende gastar para evitar o acúmulo de dívidas.

Estabeleça metas financeiras

Outra dica importante, que serve tanto para arrumar as contas quanto para mantê-las em ordem, é a criação de metas financeiras. Digamos, por exemplo, que você queira comprar um automóvel.Coloque o preço como a sua meta, monte um orçamento no qual você consegue poupar um dinheirinho (e também cortar despesas desnecessárias) mensalmente. Isso permite que você tenha um prazo em vista.Lembre-se que pode ser um objetivo de curto, médio e longo prazo. O importante é construir disciplina financeira com essa decisão para segui-la à risca e garantir que siga-a com as contas em dia. Além, é claro, de gerar mais motivação para poupar, evitar novos empréstimos custosos e chegar à necessidade de solicitar uma portabilidade de crédito.

Então, vale a pena fazer a portabilidade de crédito?

No geral, acreditamos que a portabilidade de crédito é uma alternativa atraente para o consumidor. Desde que faça sentido optar por essa alternativa.Como discutimos, é fundamental que seja identificado um motivo para isso, como o valor final menor do que o calculado com o atual contrato. O atendimento insatisfatório da instituição também pode ser o estímulo que você necessita, uma vez que o bom relacionamento entre ambos é muito importante.No entanto, tome o tempo necessário para que a sua decisão seja a mais assertiva possível. Pesquise bastante, faça comparações de preços e de empresas que fazem a portabilidade de crédito e sempre tenha em mente quais são os limites financeiros que a sua atual condição permite.Mas não se preocupe porque nós sempre estamos produzindo conteúdos que podem agregar muito à sua saúde financeira. E se você quiser ficar por dentro de todas as nossas dicas e novidades, aproveite para curtir a nossa página no Facebook e também siga-nos no Instagram, Twitter e LinkedIn!

Ultima atualização 8 de Dezembro del 2022
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