Cuidar da saúde do colaborador é um investimento essencial. Além de zelar pelo bem-estar (físico e mental) e qualidade de vida no trabalho do seu principal instrumento de valor, ainda é uma obrigatoriedade legal. Justamente por não conhecer as leis trabalhistas a fundo, muitas organizações ainda cometem vacilos consideráveis com as medidas de proteção à saúde dos trabalhadores.Aproveitando o envolvimento no tema, se você quiser entender melhor sobre os direitos trabalhistas depois da reforma, leia este outro artigo aqui! Agora, para entender em detalhes esses erros de medicina do trabalho que as empresas mais cometem, continue acompanhando este post. Separamos todas as informações que você precisa para evitá-los e preservar a saúde da sua força de trabalho. Confira!
Legislação trabalhista e saúde ocupacional
De acordo com a Legislação Trabalhista, o colaborador é a parte hipossuficiente da relação empregatícia, por isso, conta com suporte legal para assegurar a sua dignidade e saúde no ambiente laboral.Em outras palavras, o relacionamento entre empresa e funcionário não se encontra em estado de igualdade de negociação, necessitando de leis específicas para proteger o bem-estar do dependente.Criada em 1º de maio de 1943 pelo então presidente Getúlio Vargas, a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) é a responsável pelo regimento desses direitos processuais do trabalho. Nela, regras, responsabilidades e penalidades são destrinchadas tanto para o empregador quanto para o empregado, seguindo o princípio de que o segundo precisa de proteção ante o primeiro. Abordando a questão da saúde ocupacional especificamente, a CLT pontua que a sua importância está ligada a um direito, por isso reúne esforços para manter e regulamentar condições apropriadas. Isso inclui a jornada de trabalho, intervalos, horas extras, férias, turnos, dentre outros, para garantir o mínimo essencial de integridade para preservar o colaborador. O desconhecimento dessas leis trabalhistas pode acarretar em diversos problemas legais e organizacionais. Mais adiante vamos explorar os erros de medicina do trabalho que as empresas mais cometem devido a essa falha.
O conceito das Normas Regulamentadoras
Além da CLT, a saúde ocupacional ainda ganha o reforço de Normas Regulamentadoras (NR) editadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).Elas tratam de diversos aspectos da saúde e da segurança do trabalho, como ergonomia, uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), cuidados com ambientes insalubres e perigosos, realização de avaliações específicas, dentre outros. É função da empresa vigiar e obrigar os seus colaboradores a seguir as condições de trabalho que protegem a sua saúde, por meio de ações que promovam o conhecimento dessas NRs. Os erros de medicina do trabalho que as empresas mais cometem estão justamente ligadas a elas.Além disso, vale pontuar que a violação de tais normas pode acarretar em aborrecimentos com a Justiça do Trabalho (JT), que pode condenar a empresa a pagar indenizações por dano moral e/ou material.Despesas médicas, desfiguração, mutilação, incapacidade laborativa e doenças ocupacionais (por esforço repetitivo, auditivas, respiratórias e psicossomáticas) são alguns exemplos do que pode levar ao pagamento dessa indenização.Portanto, é essencial que os gestores conheçam as NRs e se capacitem para evitar os erros de medicina do trabalho que as empresas mais cometem no mercado. Todas as NRs podem ser consultadas no site da JT.
Erros de medicina do trabalho que as empresas mais cometem
Agora que você já entendeu a relação entre a lei e a saúde ocupacional, confira os 7 erros de medicina do trabalho que as empresas mais cometem pela falta de conhecimento e/ou negligência.
1. Não estar em conformidade com a legislação
Assim como dissemos, a aplicação inadequada ou má compreensão das NRs é um dos principais erros, por isso é o primeiro da nossa lista dos 7 erros de medicina do trabalho que as empresas mais cometem.Alguns exemplos dessa falha são: Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) inexistente, Atestados de Saúde Ocupacional (ASO) vencidos ou inválido, instalações sanitárias precárias, ausência de área de convivência e lazer, falta de EPIs, máquinas e equipamentos sem proteção de partes móveis, etc.Desta forma, as empresas precisam estar cientes da legislação vigente para assegurar a saúde dos seus colaboradores e evitar sanções legais. É importante ressaltar também que cada setor pode ter regras e normas específicas, por isso uma adequação correspondente será necessária.
2. Não monitorar os colaboradores
O segundo dos 7 erros de medicina do trabalho que as empresas mais cometem é a falta de um acompanhamento periódico das condições de saúde dos colaboradores.Sem um monitoramento eficiente estruturado, os gestores não podem detectar problemas, preparar a equipe para mudanças, intervir e proteger o bem-estar do funcionário, evitar estados de incapacidade, corrigir situações prejudiciais, e assim por diante.Por isso, as empresas precisam não só realizar exames periodicamente e registrar os resultados, como também monitorar de perto as condições de trabalho dos colaboradores. Somente tendo dados concretos em mão, será possível adotar medidas eficientes de prevenção.
3. Não valorizar os seus talentos
Seguindo uma lógica evidente, nenhuma organização consegue atingir suas metas contando com uma equipe de profissionais doente e desmotivada. Portanto, a falta de valorização dos seus próprios talentos também é um erro atrelado a medicina do trabalho. Empresas que não promovem a saúde e o bem-estar no local de trabalho pecam inquestionavelmente, porque essas iniciativas refletem diretamente nos resultados do negócio. Elas mitigam o absenteísmo, a quantidade de afastamentos, os acidentes, melhoram o humor e contemplação dos colaboradores, otimizando assim, o faturamento e lucratividade da empresa.Dos 7 erros de medicina do trabalho que as empresas mais cometem, este talvez seja o mais grave. Por isso, investimentos em qualidade de vida no trabalho devem ser uma prioridade.
4. Não fiscalizar o cumprimento das regras
Outro importante erro a ser evitado dentre os 7 erros de medicina do trabalho que as empresas mais cometem é a negligência operacional. É uma obrigação das empresas fornecer EPIs para atividades específicas, contudo esse cuidado deve ir além do fornecimento de equipamentos. Segundo a legislação trabalhista, a empresa também deve orientar o colaborador quanto ao uso adequado, conscientizá-lo da importância do EPI e fiscalizar o cumprimento dessas orientações. A falta de monitoramento pode intensificar o risco a exposição de contaminantes, aumentar a ocorrência de desastres, comprometer a vitalidade, dentre outros. Portanto, as empresas devem estruturar atividades educativas e estimular o conhecimento preventivo dentro do negócio.
5. Não respeitar prazos de exames periódicos
Outro erro de medicina do trabalho que as empresas mais cometem é o descumprimento de prazos para a realização de exames médicos.Segundo o MTE, todos os colaboradores empregados sob o regime da CLT devem realizar exames periódicos para validar as suas condições de saúde. Cada setor da empresa possui um período de renovação diferente, de acordo com a atividade exercida, idade e condição de saúde do trabalhador, por isso eles devem estar sempre atentos. Desrespeitar os prazos pode, evidentemente, coloca o colaborador em risco, porque ele pode desconhecer ou esconder alguma enfermidade que comprometa a sua segurança (física e emocional) e a dos demais. Assim, adotar ferramentas que gerenciam esses prazos com eficiência é essencial.
6. Não documentar operações
Documentar operações é importante para qualquer área da empresa, pois é uma forma de comprovar ou desmentir a realização de uma atividade em especial. Tratando-se da saúde ocupacional esse cuidado pode invalidar ações trabalhistas infundadas e evitar sanções impostas por órgãos reguladores.Portanto, a falta de documentação também é um dos erros de medicina do trabalho que as empresas mais cometem. Sem um histórico individual do colaborador e um geral da organização, a defesa contra alegações duvidosas é enfraquecida, comprometendo a segurança da empresa.Organizar esses dados de maneira inteligente é indispensável. Além disso, essa é uma excelente fonte de indicadores estratégicos que podem otimizar a tomada de decisões. É possível identificar dados como:
- os principais riscos aos quais os colaboradores estão expostos;
- os possíveis impactos desses riscos para a saúde do grupo;
- as principais causas de afastamento;
- a incidência de acidentes;
- a eficiência das medidas e políticas aplicadas.
7. Não promover a saúde
Por fim, o último dos 7 erros de medicina do trabalho que as empresas mais cometem é a não promoção da própria saúde no ambiente laboral.A falta de iniciativas que estimulem o bem-estar da força de trabalho está diretamente ligada a desmotivação, clima organizacional conflituoso, baixa produtividade, desenvolvimento de transtornos mentais, exaustão, e assim por diante.Por isso, é essencial que a empresa desenvolva programas que incentivem a adoção de um estilo de vida mais saudável. A oferta de refeições com cardápios balanceados, atividades de ginástica laboral, academias, yoga e meditação, dentre outros, são alguns exemplos de iniciativas interessantes.Portanto, além de assegurar que a empresa esteja em conformidade com as normas legais, o investimento em saúde ocupacional ainda motiva o colaborador a eliminar hábitos nocivos e a adotar práticas salutares no seu cotidiano. Conhecendo esses 7 erros de medicina do trabalho que as empresas mais cometem, sua empresa pode evitá-los e reforçar a qualidade desse investimento fundamental. Agora, deixamos o canal aberto para você: caso tenha alguma dúvida ou queira compartilhar uma experiências sobre o assunto com a gente, deixe aqui nos comentários!